domingo, 15 de fevereiro de 2009

Remo

Sim de pés descalços na areia, vestes dobradas à altura dos joelhos, passos em direção ao mar. Desfaz-se o nó que insistia em prender o barco, agora tomado emprestado para uma volta, apenas um remo e eu na proa a guiar. Não fora preciso muito tempo, somente o momento da alva para deixar o comando e sentir-nos levados à sublime deriva. Nela, é como nada mais existisse, nem pessoas e nem distância, somente uma brisa e o sereno balanço do mar. Não cedamos às intempéries mundana. Sou à inexorabilidade terrena! Pois anunciariam a hora do regresso para uma volta cujo único propósito é não findar. Continuemos na mesma direção! É que assim o mundo passará lá fora, aliviando a dor que nos sufoca e corrompe os nossos vinte e poucos anos ...

Um comentário:

Verônica Heiss disse...

A praia inspira e seu texto corresponde...
A superficialidade é um esconderijo pra falta de amor. Não vai demorar acabar ;]